terça-feira, 27 de julho de 2010

Reflorestamento em Área de Preservação Permanente

PROJETO TECNICO DE REFLORESTAMENTO CILIAR



MEMORIAL DESCRITIVO


PROPRIETÁRIO:

CPF:

RG:

MATRÍCULA:

PROPRIEDADE:

MUNICIPIO:

ESTADO:

ÁREA:

AREA DE PLANTIO:

COORDENADAS GEOGRÁFICAS: UTM
N:
E:

QUANTIDADES DE MUDAS: 4.000 (QUATRO MIL) mudas.


CORREGO:


DATA:


VALIDADE: 06 MESES



PROJETO DE REFLORESTAMENTO CILIAR



TITULO:

Implantação de Reflorestamento Ciliar à margem dos Córregos Ruibarbo e Palmitalzinho nesta propriedade, no município de Campos Novos Paulista (SP).

INTRODUÇÃO:

Este projeto visa fornecer subsídios técnicos para implantação e manutenção de reflorestamento ciliar, as margens dos córregos ruibarbo e palmitalzinho nesta propriedade. Também visa aumentar a diversidade entre a fauna e a flora desta região.

OBJETIVO:

Recomposição da vegetação em áreas marginais ao córrego, proporcionando a conservação de solos e controle de erosão, desenvolvimento da flora e proteção da fauna.

LOCAL:

Córrego Ruibarbo / Palmitalzinho.


5- ABRANGÊNCIA:

Implantação de reflorestamento ciliar com espécies nativas (1/3 de essência nativas clímax ou secundárias e 2/3 de essências nativa pioneiras), A definição do espaçamento das mudas depende das condições da área, as mais utilizadas são: 1,5m X 3m, 2m X 3m e 3m X 2m (Ex.: 3m X 2m = 2m entre plantas e 3m entre linhas), plantação em nível. No espaçamento 3 x 2 m (modelo quincônio), sendo resistentes ao encharcamento, em uma área de 2.4 há, totalizando 4000 mudas.

6 - IMPLANTAÇÃO:

De acordo com o esquema de plantio, obedecendo ao sistema de sucessão secundária e Cronograma de Implantação de operações Técnicas e anexas.

7.1- ROÇADA MANUAL E MECANIZADA PRÉVIA:

Deve ser conduzido de forma mecanizada e manual com foice ou ferramentas similares, assegurando o corte da vegetação o mais rente possível do solo, evitando causar danos ao sistema radicular.
Nessa operação deverão ser poupadas as espécies arbustivas e arbóreas. Ás margens desta APP será efetuado a implantação do referido projeto de reflorestamento de forma mecanizada, haja visto que com a remoção do solo, gradeamento, destorroamento e subsolagem favorece no desenvolvimento mais rápido das plantas.


7.2- COMBATE A FORMIGAS:

Formigas cortadeiras e cupins podem causar severos danos à muda em estágio inicial, mesmo assim são disseminadoras de propágulos em condução de regeneração natural. Caso a infestação esteja em níveis elevados é crucial a intervenção com controle químico, conforme as restrições da legislação. Mesmo podendo diminuir o ritmo de crescimento da muda, as gramíneas invasoras contribuem na incorporação de matéria-orgânica, protegem o solo contra erosão, insolação e perda de umidade. Assim, recomenda-se apenas o controle mecânico, com ferramentas manuais ou grades, sendo realizados até o estabelecimento dos povoamentos.

7.3- MARCAÇÃO DE COVAS:

Essa operação consiste na determinação dos pontos onde deverão ser abertas as covas. As linhas de plantio deverão ser alinhadas paralelamente às curvas de nível. As covas deverão ser alternadas (sistema quincônio).


7.4- COROAMENTO PARA PLANTIO:

Para evita-se a competição aérea e radicular entre invasoras e muda, deverá ser realizado o coroamento ao redor das covas, com um raio mínimo de 60 cm a partir das bordas de cada cova, com uso de enxada ou ferramenta similar.

7.5- COVEAMENTO MANUAL:

Esta operação consiste na abertura de covas com a utilização de enxadão ou cavadeira, nos locais previamente determinados. As covas serão abertas com as medidas horizontais de 20x20 cm, e 25 cm de profundidade aproximadamente. Após a adubação, descrita no item 7.6, as covas deverão ser fechadas. A seguir, no centro da cova, deverá ser reaberto um orifício com as dimensões do tubete.


7.6- ADUBAÇÃO NA COVA:

Consiste na aplicação de corretivos e fertilizantes, conforme determinações baseadas na analise de solos. Os corretivos e fertilizantes aplicados na cova deverão ser colocados sobre o montículo de terra oriundo da abertura da cova e com auxilio de enxada, misturados até obter-se uma mistura uniforme.

7.7- PLANTIO FLORESTAL:

Após retirar a muda do tubete, essa deve ser plantada na cova, aprumando-a e compactando manualmente o solo ao seu redor, de modo a evitar danos às raízes. O colo da muda deve ficar em concordância com a superfície do terreno, ficando o substrato original recoberto por leve camada de terra. Se houver excesso de terra retirada da cova, agora ocupada pela muda, esse deve ser disposto em coroa ao redor da muda, com um raio mínimo de 60 cm, para assegurar um melhor armazenamento de água.


7.8- IRRIGAÇÃO:

Essa operação consiste na distribuição de 05(cinco) litros de água por planta após o plantio ou quando as folhas das mudas começarem a apresentarem-se murchas.

7.9-REPLANTIO FLORESTAL:

Após 40(quarenta) dias do plantio, a área deverá ser vistoriada, localizando-se as covas das mudas que não sobreviveram. Nessas covas deverão ser repetidas todas as operações de plantio, exceto a adubação na cova.

7.10- ROÇADA MANUAL E MECANIZADA DE MANUTENÇÃO

Deve ser conduzido de forma mecanizada e manual com foice ou ferramentas similares, assegurando o corte da vegetação o mais rente possível do solo, tomando-se cuidados para evitar danos às mudas. Essa operação será realizada somente nas entrelinhas de plantio.
Nascente desprotegida

7.11- CAPINA MANUAL EM COROA:

Com uso de enxada ou ferramentas similares, eliminar as ervas invasoras existentes dentro das coroas de plantio, conservando um raio mínimo de 60 cm. Nessa operação devem ser tomados todos os cuidados para se evitar danos ao sistema radicular superficial das mudas.


7.12- ADUBAÇÃO LOCALIZADA EM COBERTURA:

A adubação de cobertura deverá seguir as recomendações técnicas baseadas na análise de solo. Ao redor de cada muda plantada deve ser aberto um sulco com enxada, a uma profundidade de 10 cm e distância mínima de 20 cm entre um sulco e a muda. Após a distribuição do fertilizante nesse sulco, o mesmo deverá ser incorporado ao solo.

7.13- ISOLAMENTO DA ÁREA:

A área deverá ser isolada e cercada durante os tramites de aprovação do referido projeto, para que assim que o mesmo for aprovado a área já esteja isolada para o referido plantio. Diante da largura em que o corpo d’água se encontra será isolado uma distância de 30 metros a contar da margem do córrego. Esta área será de inteira responsabilidade do proprietário para que este reflorestamento tenha sucesso em sua implantação e formação.


PROTEÇÃO ÁREA:

Quando há risco de incêndio, recomenda-se a construção de aceiro e controle de gramíneas invasoras, para reduzir o material combustível.
Se a pecuária for a atividade circunvizinha, deve-se cercar a área para evitar o pisoteio das mudas, compactação do solo e formação de carreadores que favorecem a erosão. Corredores devem ser resguardados para o acesso dos animais às aguadas.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE MATERIAIS E MÉTODOS:

A recomposição deverá ser efetuada com um planejamento prévio, envolvendo diversas etapas, como:
- Seleção de espécies adequadas, classificadas no processo de sucessão nos ecossistemas de matas ciliares da região ;
- Sistema de plantio envolvendo: preparo do terreno, calagem (suprir o solo com CaO) e adubação, quando necessário alinhamento e marcação das covas, cavamento, distribuição, plantio, replantio e combate à formiga na área e no seu entorno ;
- As espécies Pioneiras e Secundárias Iniciais foram reunidas no grupo denominado pioneira.
- As espécies Secundárias Tardias e Clímax foram reunidas como não-pioneiras.
- Tal sistema foi empregado para facilitar as atividades de distribuição e plantio das mudas .

COMBINAÇÃO DE GRUPOS ECOLÓGICOS:

Em áreas de Preservação Permanente, a restauração dependerá de um plantio misto com o máximo de diversidade de espécies nativas possível, garantindo a recuperação da estrutura e dinâmica da floresta.
A combinação entre os grupos de espécies que fará parte da área a ser recuperada é muito importante no sentido de implementar a dinâmica de sucessão dos povoamentos. Podemos classificar as espécies em 4 tipos de grupos ecológicos, que combinadas entre si, compõem uma Mata Ciliar, sendo elas:
Pioneiras: caracterizam-se por apresentarem um crescimento muito rápido, não tolerantes a sombra, idade de reprodução prematura (1 a 5 anos), baixa dependência de polinizadores e tempo de vida muito curto, até 10 anos.
Secundárias Iniciais: possuem um crescimento rápido, intolerantes a sombra, se reproduzem a partir dos 5 anos, têm alta dependência de polinizadores e vivem entre 10 a 25 anos.

SISTEMA DE PLANTIO:

Será utilizado um sistema de plantio em quicôncio, em que são alternadas espécies pioneiras e não pioneiras de acordo com o modelo apresentado abaixo, onde (X) são as pioneiras e (O) as não pioneiras.

X X X X X X X X X X X X X X X
O X O X O X O X O X O X O X O
X X X X X X X X X X X X X X X
O X O X O X O X O X O X O X O
X X X X X X X X X X X X X X X
O X O X O X O X O X O X O X O
X X X X X X X X X X X X X X X

O plantio será efetuado utilizando-se um adensamento médio, com espaçamento de 2,5 x 2,0 m, onde se dará 2000 mudas . As proporções a serem combinadas devem ser 50% de pioneiras , 30% de SI , 10% de ST e 10% de espécies Clímax.
Uma outra maneira prática de dispor as mudanças no campo é alterando uma linha de espécies pioneiras com outra de espécies secundárias e Clímax, conforme o desenho a seguir:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____ P_____ P _____ P _____ P _____ P _____ P _____ P
_____ SI _____ST _____ SI _____C_____SI_____ST
_____ P _____ P _____ P _____ P _____P _____ P _____ P
_____ SI _____ ST _____ SI _____ C ____ SI ____ ST
­­­_____ P _____ P _____ P _____ P _____ P _____ P _____ P

As mudas devem ser plantadas em quincôncio, ou seja, cada muda de espécie secundária ou clímax se posicionará no centro de um quadrado composto por 4 mudas de espécies pioneiras, observando o espaçamento indicado.
O plantio em quincôncio distribui uniformemente as plantas refletindo-se em um melhor recobrimento do solo.
É importante observar a seqüência fazendo o plantio planejado, pois assim evitam-se custos de manutenção e obtêm-se mais rapidamente os resultados.


ALINHAMENTO , MARCAÇÃO E COVEAMENTO:


Após o alinhamento a marcação será efetuada em quincôncio utilizando-se 2,5 m na linha e 2,0 m entre linhas. As cavas terão dimensões de 40 x 40 x 40 cm, abertas manualmente.

DISTRIBUIÇÃO E PLANTIO:

Considerando-se que o plantio desenvolverá em torno de xxxxxx mudas, classificadas de acordo com suas características ecológicas, estas deverão obedecer a um regime de entrega onde venham primeiro as pioneiras para serem distribuídas e plantadas, sendo o plantio das não pioneiras efetuando depois , concluindo o plantio.


MANUTENÇÃO DO POVOAMENTO:

São todas as operações que incidem após o período de implantação florestal. Normalmente ocorrem do segundo ao sétimo ano de idade do povoamento, também chamado de período de maturação florestal.
As principais operações neste período são o controle de pragas, readubações e controle de incêndios florestais.

REPLANTIO:

Após 30 dias de efetuado o plantio, deverá ser substituído todas as mudas que estejam sem evidência de rebrota ou mortas.

CALAGEM E ADUBAÇÃO:

A partir do resultado da análise do solo deverá realizar calagem e adubação.
Se necessário fazer adubação de cobertura com 50g/cova de uréia após 60 dias de plantio.
(APP) Área de Preservação Permanente

COMBATE ÀS FORMIGAS:

Será realizado em toda área de plantio e no seu entorno durante todo o período de implantação do projeto com isca granulada, tornado-se o cuidado para que na aplicação haja proteção das mesmas quanto a unidade.


















Nenhum comentário: